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É possível afirmar que vamos viver um processo de resignificação social.

Vimos aqui que estamos no fim de um período de contração cognitiva, na qual a produção da verdade passou a ser produzida de forma cada vez mais centralizada.

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Tal movimento nos levou a crises objetivas e subjetivas.

  • As objetivas são aquelas ligadas à nossa capacidade de sobreviver e sobreviver, se possível, com qualidade;
  • As subjetivas estão na esfera na capacidade de abstração e de subjetivação de cada sujeito e do espaço de sua explorar a sua singularidade no mundo.

Neste momento há uma perda gradativa das autoridades de plantão, que se agarram ao que podemos chamar de valores com menos qualidade diante da vida, tais como dinheiro, bens materiais, cargos, poder, etc.

Note que não estou dizendo que estes elementos não fazem parte da vida, mas é a taxa de valorização destes elementos, que não é fixa, é variável, tende a subir, pois há um aumento na taxa de objetivação da subjetividade de cada indivíduo na sociedade, o que nos leva a uma perda gradativa de valores de mais qualidade.

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Em momentos de contração cognitivas elas tendem a ser maiores e vice-versa.

Na história, podemos aliar momentos de contração e questionamento radical de valores de baixa qualidade, a saber:

  • Surgimento do monoteísmo judaico – Moisés – escrita manuscrita – questionamento do bezerro de ouro;
  • Surgimento do monoteísmo cristão – Jesus – escrita manuscrita – questionamento do comércio no templo;
  • Surgimento da Reforma Protestante – Lutero – escrita impressa – questionamento das indulgências, das imagens e estátuas dos santos;
  • Surgimento da República – Revoltosos – escrita impressa – questionamento dos valores reais e da Igreja, podemos citar o croissant.

Note que em todas estas passagens temos uma crise de significação, que denota uma taxa de baixa qualidade de valores, questionada e superada com a chegada de um processo de resignificação que vem aliado com uma nova mídia, que vem superar crises subjetivas e objetivas, uma apoiando a outra, pois:

  • Não é possível sair das crises com os antigos valores subjetivos;
  • E não é possível sair da crise subjetiva com a antiga crise objetiva.

Uma mão tende a lavar a outra.

Que dizes?

Versão 1.0 – 02/10/2013 – Colabore revisando, criticando e sugerindo novos caminhos para a minha pesquisa. Pode usar o texto à vontade, desde que aponte para a sua origem, pois é um texto líquido, sujeito às alterações, a partir da interação.

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