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Hoje, abri o jornal e levei um susto.

O Globo, por cegueira ou manipulação, não publicou uma linha sobre os acontecimentos na Espanha.

Que não aparecesse na capa, tudo bem, mas nada na parte de dentro?

O WP abriu o tema na primeira página esta semana:

 

É o principal interesse nos artigos do WP hoje:

http://www.washingtonpost.com/blogs/blogpost/post/spainish-demonstrations-continue-around-country-for-fourth-day/2011/05/19/AFbBUC7G_blog.html

O movimento na Espanha tem um fato histórico muito importante para quem estudo política e, principalmente, a Internet:

  • – é um movimento em um país considerado desenvolvido;
  • – não é articulado por meios tradicionais, mas todo dentro do ambiente da rede, assim como aconteceu nos países árabes;
  • – não tem um pedido específico, mas deseja reformar o sistema político e econômico, de maneira geral, querem uma reforma ampla, que chamam de democracia real ( o site está fora do ar, devido ao intenso movimento).
  • – é baseado na juventude que quer um novo futuro e uma nova civilização.

O fato é novo, as manifestações se espalham, inclusive para outros países europeus.

A Folha hoje não coloca o tema na sua capa.

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/

O Estadão idem:

http://www.estadao.com.br/internacional/

Ou não conseguem perceber a consequência, que é mais provável, ou não querem fazer fumaça, o que é pouco provável, pois não se combina coisas desse tipo.

Ou seja, estão considerando algo eleitoral e não o sentido que o movimento tem na história.

O resumo que apontaria os rumos do processo, que indicam o início de uma revisão do atual ambiente de poder, que mesmo que não ocorra na Espanha, que é bem provável, apontaria um norte para o movimento da juventude e para o questionamento futuro seria (colhido do manifesto que peguei na rede do site “democracia real ya”):

  1. Nós somos pessoas comuns. Estamos indefesos, sem voz. É preciso  mudar as coisas, o tempo para construir uma nova sociedade;
  2. O estado atual do nosso sistema de governo e de economia não cuidam desses direitos e, em muitos aspectos, é um obstáculo ao progresso humano;
  3. A democracia pertence ao povo (demos = povo, krtos = governo), a maioria da classe política nem sequer nos ouvir, facilitando a participação política dos cidadãos através de canais diretos
  4. A vontade eo propósito do atual sistema é a acumulação de dinheiro, e não sobre a eficiência eo bem-estar da sociedade. Desperdício de recursos, destruindo o planeta, criando desemprego e consumidores insatisfeitos.
  5. Somos anônimos, mas sem nós nada disso existiria, porque move o mundo.
  6. Podemos eliminar os abusos que todos nós estamos sofrendo.
  7. Precisamos de uma revolução ética. Em vez de colocar o dinheiro acima de seres humanos, devemos colocá-lo de volta ao nosso serviço. Somos pessoas e não produtos. Eu não sou um produto do que eu compro.


O manifesto compeleto (traduzido da versão em inglês pelo Google):

Nós somos pessoas comuns. Nós somos como você: pessoas que se levantam todas as manhãs para estudar, trabalhar ou procurar emprego, pessoas que têm família e amigos. Pessoas que trabalham duro todos os dias para proporcionar um futuro melhor para aqueles que nos rodeiam.

Alguns de nós nos consideramos progressivo, outros conservadores. Alguns de nós são crentes, outros não. Alguns de nós temos claramente definido ideologias, outros são apolíticos, mas estamos todos preocupados e irritados com as perspectivas políticas, económicas e sociais que vemos ao nosso redor: a corrupção entre políticos, empresários, banqueiros, deixando-nos indefesos, sem voz.

Esta situação tornou-se normal, um sofrimento diário, sem esperança. Mas se juntarmos forças, podemos mudá-lo. It’ss tempo para mudar as coisas, o tempo para construir uma sociedade melhor juntos. Portanto, é altamente argumentam que:

As prioridades de qualquer sociedade avançada deve ser a igualdade, o progresso, a solidariedade, a liberdade de sustentabilidade, cultura e desenvolvimento, bem-estar ea felicidade das pessoas.

Estas são verdades eternas que devemos respeitar em nossa sociedade: o direito à habitação, emprego, cultura, saúde, educação, participação política, desenvolvimento pessoal livre, e os direitos do consumidor para uma vida saudável e feliz.

O estado actual do nosso sistema de governo e de economia não cuidar desses direitos e, em muitos aspectos, é um obstáculo ao progresso humano.

A democracia pertence ao povo (demos = povo, krtos = governo), o que significa que o governo é feito de cada um de nós. Contudo, em Espanha a maioria da classe política nem sequer nos ouvir. Os políticos devem estar levando a nossa voz para as instituições, facilitando a participação política dos cidadãos através de canais diretos que oferecem o maior benefício para toda a sociedade, não para ficar rico e prosperar em nossa despesa, atendendo apenas à ditadura das grandes potências económicas e exploração no poder através de um bipartidism chefiada pelo imóvel sigla PP e PSOE.

O desejo pelo poder e seu acúmulo em apenas alguns, criar tensão, a desigualdade ea injustiça, o que leva à violência, que nós rejeitamos. O obsoleto e antinatural econômica combustíveis modelo da máquina social em uma espiral crescente de que se consome, através do enriquecimento de uns poucos e envia para a pobreza do resto. Até o colapso.

A vontade eo propósito do actual sistema é a acumulação de dinheiro, e não sobre a eficiência eo bem-estar da sociedade. Desperdício de recursos, destruindo o planeta, criando desemprego e consumidores insatisfeitos.

Os cidadãos são as engrenagens de uma máquina concebida para enriquecer uma minoria que não respeita as nossas necessidades. Somos anônimos, mas sem nós nada disso existiria, porque move o mundo.

Se, como sociedade, aprendemos a não confiar em nosso futuro para uma economia abstrata, que não volta mais benefícios para a maioria, podemos eliminar os abusos que todos nós estamos sofrendo.

Precisamos de uma revolução ética. Em vez de colocar o dinheiro acima de seres humanos, devemos colocá-lo de volta ao nosso serviço. Somos pessoas e não produtos. Eu não sou um produto do que eu compro, porque eu posso comprar e que eu comprar.

Por tudo o exposto, estou indignado.

Eu acho que pode mudar isso.

Eu acho que posso ajudar.

Eu sei que juntos nós can.I acho que posso ajudar.

Eu sei que juntos nós podemos.

 

 

6 Responses to “Revolução 2.0 na Espanha”

  1. Paulo Mello disse:

    Parabéns pelo texto, o povo brasileiro precisa urgente de realizar um movimento nesse sentido.

  2. […] Eu poderia colocar apenas colar um link para o blog da onde eu tirei esse texto? Poderia. Mas já perdi muito material por conta de blogs que retiram do ar seus conteúdos de uma hora pra outra e me deixam cheias de links para lugar nenhum. Então, pra evitar esse problema, eu to copiando o texto também, além do link, ok? O link para o original está aqui: http://nepo.com.br/2011/05/20/revolucao-2-0-na-espanha/ […]

  3. Amanditas disse:

    Querido Carlos Nepomuceno!
    Gostei tanto do seu post que tomei a liberdade de copiá-lo no meu humilde barraco. Hehehehehe. Espero que não se importe. Eu coloquei o seu nome e o link. Copiei também porque, né, se um dia você resolver apagar ou algo do tipo, eu gostaria de manter uma cópia por lá.
    Qualquer coisa me avisa, tá bom?
    Abraços
    Amanda

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