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Me chamou a atenção “Somos uma agência que promove conversa”.

Agência de conversa?

Será que já temos agências totalmente 2.0, que estão fazendo o discurso e uma prática nova nesse mundo 2.0?

A WeAreSocial, com representação no Brasil, acredita que sim, bom, como não estou lá dentro para constatar, pedi para a Leslie Orsioli (@leslieorsioli) para responder algumas perguntas minhas e dos meus alunos, vejam o resultado e me digam vocês.


O que mudaria de uma agência, digamos 2.0 de vocês e uma 1.0, que vê a comunicação de outro jeito menos social media?

Leslie – Primeiramente, acreditamos em pessoas e no que juntas elas podem construir. Por isso, trabalhamos com colaboradores de background multi-cultural, nacionalidades diferentes, consumidores ativos e apaixonados e conhecedores de distintos mercados. Valorizamos o relacionamento em seus mais diversos níveis e pensamos que a aproximação humana entre consumidores e marcas é um caminho orgânico e natural que impacta os hábitos de consumo cada vez mais. As recomendações nas comunidades, a troca de informação, a pesquisa antes de tomar uma decisão de compra é muito importante e muitas vezes mais impactante do que uma peça de mídia. Estamos entrando na era onde o conteúdo é rei e ele é gerado por pessoas que consomem todos os dias. Não podemos ignorar o poder deste conteúdo nos dias de hoje. Nossa maneira de enxergar a comunicação é mais humana, mais natural.

As empresas estão querendo social media ou estão fingindo que querem?

Leslie – As empresas querem fazer parte das conversas, certamente. Nem todas conhecem o caminho, mas estão querendo sim. Algumas empresas estão presentes nas redes sociais mas não sabem como e porquê estão nestes canais. Outros estão apostando em games e aplicativos sem entender o potencial que pode ter sua marca nestes ambientes. Querer, todos querem mas poucos entendem que estes ambientes são extremamente importantes em gerar o boca-a-boca e conversas significativas. Temos a sorte de trabalhar com clientes que não só acreditam em nossa ética e valores, como também prezam o valor destas conversas.  Ajudamos estes clientes a identificar a relevância do que se diz em relação as suas marcas e construir laços significativos com seus consumidores.

É possível uma empresa mudar a comunicação, começar a dialogar e não mudar a gestão?

Leslie –Mudar a forma de comunicar é possível e faz parte de um ciclo evolutivo. Se acompanharmos a evolução da comunicação, podemos constatar que hoje tudo é mais rápido, mais dinâmico e mais próximo. Não existe mais a comunicação unilateral, ela se transformou em um diálogo. Mudar a gestão é também um caminho natural, é preciso entender além dos aspectos técnicos da relação destas marcas com seus consumidores, aprofundar relacionamentos, humanizar estratégias e pensar fora da caixa. É preciso abrir horizontes, investir em profissionais que vivem estes ambientes em seu dia-a-dia. Uma boa gestão vem da observação destes ambientes e da vontade em aprender com eles.

Qual a dificuldade vocês estão tendo de “vender” esse tipo de produtos?

Leslie – Dificuldades sempre vão existir, mas acreditamos que elas existem para nos desfiar e pensar cada vez mais em como a importância das conversas podem prevalecer. Como dialogar faz parte da nossa natureza, a dificuldade é menor do que a facilidade que encontramos em nos aproximar de nossos clientes. A transparência é um dos elementos primordiais em nosso approach e isso faz com que nossos relacionamentos sejam fáceis e prazeirosos.

Que cases apontaria como de grande sucesso de vocês?

Leslie – Temos grandes cases de sucesso, em nossa página de clientes, alguns dos nossos cases premiados: http://wearesocial.net/clients/

Que perfil de profissional acha que as escolas de marketing digital tem que formar?

Leslie – As escolas poderiam investir em entender relacionamentos dentro destes ambientes. O profissional se forma com excelência em sua grade curricular, porém falta o aspecto humano, falta entender como as pessoas se relacionam, regras básicas até mesmo de etiqueta social, e algumas vezes, etiqueta corporativa. Humanizar mais os cursos certamente seria benéfico para estes profissionais.

Alunos perguntam:


(Julia Linhares) – Que tipo de empresas procuram vocês para divulgar um produto? existe resistência a proposta de vocês? Como vocês convencem o cliente de que a proposta de vocês é inovadora?


Leslie – As empresas com as quais trabalhamos são empresas que se identificam com nossa proposta de ética e valores. Não fazemos o tipo insistente. Temos a sorte e o prazer de conduzir conversas que naturalmente se transformam em trabalhos, por isso, é desnecessário o ‘convencimento’. Promovemos o boca-a-boca e na maioria das vezes trabalhamos através de recomendações de outros clientes e é exatamente no que acreditamos, na recomendação espontânea. Nossa proposta pode ser inovadora, mas conversar não é novidade. Nem mesmo a idéia de que o mercado é feito de conversas. Mas conversar é um hábito universal, e conversamos bem o que nos ajuda muito. 🙂

(Michele Baêta) Na visão de empresa 2.0, a captação para profissionais 2.0 será em um futuro próximo ou vocês acham que as outras empresas ainda não estão prontas?


Leslie – Acreditamos que as empresas estão se preparando cada vez mais para a captação destes profissionais. Já está acontecendo. Grandes empresas estão se munindo e buscando estes profissionais para atuação interna até mesmo para saber como gerenciar uma agência. Os clientes são cada vez mais educados e preparados para as demandas das marcas que representam.

(Michele Baêta) Como aplicar informações 2.0 para um público acostumado com a educação 1.0?

Leslie – O mundo mudou e a forma de comunicação mudou. O processo evolutivo se encarrega de aplicar estas informações. Aplicativos, comunidades e gadgets cada vez mais intuitivos e auto-explicativos. É um processo que já acontece há algum tempo e acaba sendo natural, como aprender a usar um rádio, uma TV, um computador.

(Michele Baêta) Qual será o papel do comunicólogo dentro dessas agências 2.0?

Leslie – O comunicólogo deve ser o ponto de apoio principal dentro das agências observando as tendências do mercado. Estudando ativamente o comportamento da comunicação nestes ambientes, acompanhando os profissionais de perto, orientando estratégias e participando ativamente de processos criativos.

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