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Aonde está o futuro?

No hoje, ou no amanhã?

Distante?

O futuro não se constrói a partir do nada,  começa em algum lugar.

No agora, exatamente nesse momento, quando alguém está pensando algum projeto que de alguma forma vai mudar a sua vida.

O problema é que não estamos aptos para olhar para ele quando nasce, enquanto semente ou muda.

Só o vemos quando já virou árvore, ou até floresta!

O futuro, não se engane, tem lógica e estatuto. 🙂

Primeiro, começamos a mudar a maneira de pensar o mundo.

E depois mudamos o mundo.

Nunca inventamos nada que não tenhamos imaginado antes.

E tudo começa, assim, com o trabalho dos filósofos, dos artistas, dos visionários e dos teóricos abstratos do alto da montanha.

Estes são os primeiros a ver lá de cima o que se aproxima, ou o que vai dar a junção de “A” com “B”.

São pessoas com capacidade de juntar cacos que a maioria não consegue ver e montar um quebra cabeças, apresentando tendências.

São pessoas que vêm muito longe e antecipam coisas.

(O Lévy em 1999 antecipa muitas coisas que só agora ficam claras com a evolução da Internet: filósofo.)

Depois, há os que acreditam nesses “malucos”.

Mas que não têm sozinho a capacidade de olhar tão longe, mas conseguem construir pontes, serviços, produtos, que começam a nos levar até onde foi projetado.

São os empreendedores – pé no chão – (um pouco nas nuvens)  do novo mundo (Gates, Jobs, Linus…)  que conseguem ver latências invisíveis, construir soluções viáveis para transformá-las  em realidade.

E isso é em algo que gere valor, pois a humanidade precisa resolver suas novas demandas.

E, por fim, na cadeia vão surgindo graduações de gente que copia, repete, inova de forma incremental, aqui e ali naquela nova base já estabelecida.

(Quantos IPads a like estão surgindo por aí?)

E todo resto, que consome, apoia, vibra, se apaixona, coloca a camiseta da novidade, que segue e consolida, fazendo que o que era futuro vá virando cada vez mais o presente.

E isso se dá nas dobras, pois o mundo não é um só.

Vai do índio, que não tem escrita perdido e escondido na Amazônia, aos quase operadores de bolsa, robôs plugados nos seus ultra-modernos- celulares nos pregões da Nasdaq em Nova Iorque.

Há entre estes um fosso entre o que é passado para uns e futuro para outros.

E ainda temos o  futuro para quem já está também no futuro.

Imagino o pessoal do MIT, por exemplo, nos seus modernos laboratórios, inventando coisas para 2020.

(E nada quer dizer que o futuro do futuro seja melhor do que o passado do passado, apenas é para onde estamos indo, sem questionar, o que é o pior.)

Peter Drucker dizia que é importante ao olhar para o amanhã sempre ver as árvores pequenas que vão formar a nova florestas e não as grandes que em breve morrerão e cairão.

O futuro, assim, na verdade já está por aí.

Não só naquilo que se faz, mas na latência das pessoas que querem que se faça.

Por isso, prever é muito mais ver o que falta para ser preenchido.

E para isso é preciso conhecer a fundo o ser humano, a civilização, seu passado e as coisas que se renovam, mas não mudam na sua essência.

(E aí está o mérito dos visionários, radiografam latências.)

Portanto, o futuro já nos cerca, nós é que não conseguimos.

Fomos educados ou  massacrados para não ver seus sinais.

Porém, só os que conseguem olhar para ele no hoje ainda tem tempo para alterá-lo.

(Quantos candidatos à presidência do Brasil – e de outros países – realmente têm noção do mundo que estamos entrando para poder atuar nele?)

Quem não consegue perceber as sementes plantadas dificilmente poderá participar dele, pode, se possível, aceitá-lo.

Que dizes?

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