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Só é ciência por fora, o que é lógica por dentro Francisco de Castro – da minha coleção.

Temos informação demais e lógica de menos.

Na verdade, precisamos conhecer para sobreviver.

E estamos, com certeza, consumindo mais coisas no mercado informacional do que o necessário.

E um dos motivos aparente me parecer ser a nossa formação escolar disfuncional.

Ou melhor, das disciplinas separadas, da falta de links entre química e educação fisica.

Da falta da história dos dramas humanos para a construção de cada fórmula matemática, que tinham um sentido, perdido para sempre na prova do dia seguinte.

Pegamos as coisas na escola como se fossem sopradas por Deus, prontas, para orar e rezar e não em processo.

Me alinho bem com José Manuel Moran, no artigo: “Um bom gestor muda a escola

“Uma escola que prepara os professores para um ensino focado na aprendizagem viva, criativa, experimentadora, presencial-virtual, com professores menos “falantes”, mais orientadores, ajudando a aprender fazendo; com menos aulas informativas e mais atividades de pesquisa, experimentação, projetos; com professores que desenvolvem situações instigantes, desafios, solução de problemas, jogos.”

E a falta de algo assim na escola  nos leva a sermos consumidores estúpidos de informação.

Nessa linha, vou de Viviane Mosé, que diz no artigo “Dinheiro ou Coragem: o que falta na educação?

“Não se trata mais de melhorar as escolas, de aperfeiçoá-las, o que precisamos é ter coragem de assumir que a estrutura educacional que temos não atende a ninguém, nem aos alunos, nem aos professores, nem às famílias, nem à cidade, muito menos ao mercado. Então é urgente reinventar nosso sistema escolar, reconstruí-lo a partir de novos paradigmas. Não adianta “melhorar” instalações físicas de escolas que mais parecem prisões, sem repensar este modelo arquitetônico disciplinar. E de que adianta fazer graduação ou mestrado, se a Universidade é refém de um saber fragmentado, abstrato e distante da vida e da cidade?”

E ainda:

“Não há dúvida de que precisamos de investimentos, principalmente para oferecer um salário digno aos professores, mas nenhum investimento produzirá retornos efetivos se nossos conceitos sobre educação e gestão escolar permanecerem os mesmos“.

Sem fazer o circuito inverso, vamos suar a camisa, ter cãimbra, mas não vamos correr nem 200 metros na maratona que já temos pela frente.

Iremos mais e mais nos concentrar nas coisas de uma tal espírito, mas não no “espírito da coisa”.

Digo aos meus alunos que cada vez menos precisamos  de Pós ou MBAs práticos e cada vez mais estudos teóricos, filosóficos para sair da boiada, da caverna de platão, ou de Matrix, tudo a mesma coisa.

Pois para repetir e receber receita de bolo, já não é preciso de curso.

Basta um livro.

Um vídeo no Youtube.

O que falta é – para quem quer de fato inovar – empoderar as pontas.

Fazê-las pensar.

E fazê-las construir juntos.

E isso só ocorre com reflexão sobre a lógica dos processos.

E não sobre o resultado deles.

Olha lá isso, olha lá aquilo.

Precisamos de mais blogs do eu acho do que blogs do eu vi.

Tem gente retwittando vírus, nem abre, nem pisca, só passa – (Gil Giardelli no almoço semana passada.)

  • Mais de análise e menos de dados.
  • Mais reflexão e menos correria.
  • Mas sabedoria e menos conhecimento.
  • Mais do como e menos do quê.

Nos poupem de tanto lixo vazio e sem lógica!

Seja ecológico, só retuite sentido!

É preciso assim é entender o DNA das coisas, pois em qualquer processo, existe a semente da manga, a mangueira e a manga.

  • A semente da manga é a lógica da mangueira, o DNA da mesma. Plantada, vai, se estiver em dados condições, pé de manga;
  • A mangueira é a fonte das mangas;
  • E, por fim, a manga é o resultado final do processo do DNA que virou fonte e que virou manga.

Um pé de mangueira só da manga.

Hoje, estamos chupando manga, analisando detalhes da manga, ao invés de tentar entender os processos que nos levam, ou não nos levam, a chegar à manga.

O que nos daria liberdade de entender por que deu manga espada ou rosa.

Um exemplo ao se incentivar uma rede social qualquer.

  • Qual e a lógica de uma rede social?
  • Por que as pessoas entram em uma rede social?
  • Qual a necessidade que querem ver resolvida?
  • Como conseguem de forma melhor e mais rápida resolvê-la?
  • E como permanecem ali para resolver um novo problema, a partir dos primeiros resolvidos?
  • Existe uma rede social do lado de fora e outra do lado de dentro, ou é tudo a mesma coisa?

Veja o nosso esforço de procurar o DNA das coisas, no grupo de estudos Ruputura 2.0.

Se concentre nessas questões centrais, antes de sair por aí colocando placa de projeto 2.0 na porta!

Ou seja, tente não pensar na pseudo-manga, mas no processo.

E evite passar a vida estudando sementes de girasol, elas podem ser de laranja!

Aguardem.

PS – um livro que me parece útil na escola para envolver crianças com matemárica, por exemplo, é o “Livro dos Números“.

Veja o que diz um trecho da resenha do Valor.

A proposta de Bentley não é contar uma história linear. Ele procura resumir as descobertas a partir de como podem ser observadas em situações comuns da nossa vida. Imagine-se, por exemplo, no Museu do Louvre, diante da “Mona Lisa” de Leonardo da Vinci. Você é capaz de enxergar em “La Gioconda” o número 1,6180339887498948482? Se você olhar para o seu iPod, vai ver o mesmo número ou até mesmo na torre CN, símbolo da cidade de Toronto no Canadá, na catedral de Notre Dame e no prédio da ONU em Nova York. Também conhecido por fi, esse número já foi considerado mágico e merece um dos capítulos do livro.” – retirada daqui (precisa de senha para ler a íntegra.).

One Response to “O DNA das coisas”

  1. […] Vi no excelente blog do nosso amigo Nepôsts – Rascunhos Compartilhados […]

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