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É preciso usar a tecnologia para o bem, em lugar de usar bem a tecnologiaHorácio Soares Netoda minha coleção de frases,

Imaginem duas cidades com um rio no meio.

Se olham, mas não se encontram.

E se faz uma ponte.

Passa a haver uma ligação entre as duas, uma conexão.

Agora, com a ponte, há a possibilidade do encontro, de todos os encontros e desencontros.

O que vai acontecer, a partir, ou depois da construção da ponte, dependerá de cada habitante, saber usá-la para se encontrar com quem estava, sem contato, do outro lado.

A Internet é uma ponte.

Que passou a unir as pessoas distantes geograficamente e aqueles que compartilhavam interesses comuns, que não se conheciam.

É algo que possibilita o encontro.

O resto depende de cada um fazer a sua parte e transformar a ponte em algo humano.

É bom lembrar que nas guerras, os primeiros alvos são justamente, elas, as pontes!

Se iludir que a ponte por si só fará tudo, é apostar no concreto e não na relação das pessoas.

Por sobre a ponte é preciso trazer a comunicação humana.

Essa é a nosso dificuldade hoje.

A ilusão da conexão, sem comunicação!

Estamos tão inebriados com a possibilidade da ponte, que achamos que por si só o mundo vai mudar.

Mas, é bom frisar, que o que se fará com a ponte de um lado e de outro, dependerá basicamente de tudo, menos dela em si!

Que está ali parada, vendo o rio passar por entre as pernas.

Concordas?

5 Responses to “Uma ponte é só uma ponte!”

  1. Não poderia concordar mais!
    As pessoas adoram falar sobre a facilidade da internet, como se ela fosse a solução mágica para todo e qualquer tipo de problema (problemas estes, que muitas vezes nem existiam).
    “Mas você pode conversar com um caramada do Japão!!” enfatiza o entusiasta… “Tá, eu posso. E pra que? E mesmo que eu tivesse um motivo, você se comunica com alguém do Japão?”
    Parece que a possibilidade de fazer algo é a solução. Tenho o mundo inteiro ao alcance do meu teclado, mas deixo o computador desligado…
    Dessa forma é como um livro não lido, empoeirado em alguma prateleira, não? Tem o potencial para se tornar conhecimento, mas enquanto ninguém ler, não é nada…

  2. cnepomuceno disse:

    Vinicius, é isso.

    De fato, a Internet traz a ponte que faltava para as grandes cidades, onde os amigos se perderam na esquina. E para um mundo globalizado com cada vez mais necessidade de especialistas trocando e fazendo coisas a distância.

    Mas tudo isso depende de algo muito acima da simples ponte/conexão.

    Valeu o comentário,

    abraços

    Nepô.

  3. Caesar Moura disse:

    As guerras – com suas táticas de morte e vitória – costumam trazer não “só” avanços tecnológicos, mas também, avanços sociais (nas esferas culturais, das relações, da comunicação). Para muitos (e eu me incluo nessa), por debaixo do processo de globalização (e um de seus maiores símbolos, a Internet) existe uma “guerra”, uma disputa pelo controle de informação. Se controlar o conteúdo dos jornais impressos e dos noticiários da tv já era um “grande negócio”, imagina o controle da informação na Internet? “Ah, isso é impossível!” Bem, mesmo correndo o risco de parecer o Mulder (de “Arquivo X”) com suas teorias conspiratórias, acredito que seja mesmo muito difícil controlar um volume inacreditável de informação, mas não acredito que seja impossível. Até pq a (tão apregoada) democratização na Internet é relativa. Por exemplo, qualquer um pode ter um blog. Milhões de blogs são criados TODOS os dias. Mas só 10 ou 20 conseguem “notoriedade” no mundo virtual. E são esses que por um período de tempo “controlam”, “influenciam” no que será “discutido” on line. Então, “controlar” a informação desses blogs, seria momentaneamente “controlar” uma camada de informação na Internet. Mas o problema é que nessa “guerra” não conhecemos os rostos ou os nomes de quem deseja nos “sobrepujar”. Nessa “guerra” existe um avanço tecnológico tão imediato e ágil, que os lentíssimos progressos sociais não acompanham, o que deu um start num progressivo colapso no plano da comunicação no que ela tem de mais delicado: As relações humanas. A entropia, inerente a qualquer tipo de comunicação triplicou com o advento da Internet. O mais grave: Se antes, conversando diretamente com seu interlocutor, já era difícil esclarecer um mal-entendido, pelo MSN, email ou sala de bate-papo, esclarecer ruídos na comunicação é um processo enlouquecedor que os “vc”, “q”, “tb”, “msm” não ajudam. Então, concordo Nepô, não dá para “responsabilizar” a ponte, mas sim aqueles que desejam atravessá-la.

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